40 expressões usadas na Faria Lima úteis para quem investe ou quer começar

Mercado financeiro: jargão próprio Imagem: Amanda Perobelli/Reuters

A Faria Lima comunica-se em uma mistura de inglês contábil, siglas e jargões que circulam entre gestores, analistas e investidores. Mas entender esse vocabulário não é só vaidade: é ferramenta para decifrar relatórios, podcasts e reuniões de estratégia. Aqui vai uma seleção de 40 termos que ajudam a navegar melhor pelo mercado.

Participantes do mercado

Sell Side: instituições financeiras que oferecem produtos de investimento, fazem análises de empresas e ativos, estruturam operações e fornecem liquidez ao mercado. Entre os principais agentes do sell side estão corretoras, bancos de investimento, analistas de research (equity research).
Buy Side: Instituições que tomam decisões de alocação de capital, comprando ou vendendo ativos com recursos próprios ou de seus clientes. São os investidores que consomem as análises do sell side, mas tomam suas decisões com base em sua própria estratégia, como gestoras de fundos (asset managers), fundos de pensão, fundos de private equity e venture capital, seguradoras e family offices.
CIO (Chief Investment Officer): Responsável pela estratégia de investimentos. Em algumas empresas, o chefe de tecnologia de informação pode ter essa mesma signa, mas com o significado seria (Chief Information Officer), mas isso é raro - na maioria das empresas financeiras, o responsável pela área tecnológica é o CTO (Chief Technology Officer).
PM (Portfolio Manager): Gestor que escolhe os ativos do portfólio.
RI (Relações com Investidores): Área que comunica a empresa ao mercado.
Insider: Pessoa com acesso a informações relevantes ainda não públicas.
Fiduciário: Profissional juridicamente obrigado a agir no interesse do cliente.

Estratégia e linguagem comum

Tese: Justificativa para comprar ou manter um ativo.
Trigger: Fato novo que pode movimentar o mercado.
Skin in the game: Quando o gestor investe seu próprio dinheiro.
Benchmark: Índice usado como referência de desempenho.
Alpha: Retorno acima do benchmark, gerado por habilidade.
Beta: Sensibilidade de um ativo em relação ao mercado.
Lock-up: Período em que o investidor não pode resgatar o dinheiro.
Follow-on: Nova oferta de ações feita por empresa já listada.

Tendências e operações

IPO (Initial Public Offering): Oferta pública inicial de ações.
Bull Market: Período de alta generalizada nos preços.
Rali: Alta forte e consistente nos preços dos ativos.
Pullback: Correção temporária dentro de uma tendência de alta.
Derretida: Queda brusca e repentina no preço de um ativo.
Long: Posição que aposta na alta de um ativo.
Short: Posição que aposta na queda de um ativo.
Alocado: Dinheiro já investido em ativos.
Stop: Ordem automática de venda para limitar perdas.

Avaliação e métricas

Ebitda: Indicador de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização.
EV/Ebtida: Múltiplo que relaciona o valor da empresa com sua geração de caixa.
P/L (Preço/Lucro): Relação entre o preço da ação e o lucro por ação. Muito usado para determinar se uma ação está cara ou barata em relação a outras.
Upside: Potencial de valorização esperado de um ativo.
Alavancagem: Grau de endividamento de uma empresa.
Liquidez: Facilidade de negociar um ativo no mercado.
Volatilidade: Oscilação de preços de um ativo.
Marcação a mercado: Atualização do valor de ativos com base no preço corrente.
Book: Conjunto de ativos sob gestão de um fundo ou gestor.

Indicadores e rentabilidade

Yield: Retorno percentual de um investimento.
Spread: Diferença entre dois valores, como taxas ou preços.
Duration: Prazo médio de recebimento dos fluxos de um título.

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Tipos de ativos e custos

Equity: Participação acionária em uma empresa.
Fixed Income (Renda Fixa): Títulos com rentabilidade previsível; difere da renda variável (como ações, fundos imobiliários etc), que não prometem um determinado rendimento ao investidor.
Capex: Gastos com investimentos estruturais ou bens duráveis.
Opex: Custos operacionais recorrentes do dia a dia da empresa.

Reportagem

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